sábado, 3 de outubro de 2009

O Rio conquista o direito de organizar os Jogos Olimpicos de 2016

O Rio conquistou o direito de organizar os Jogos de 2016 ao superar no terceiro turno da eleição - realizada - a cidade de Madri. Chicago foi eliminada logo na primeira rodada de votos. Depois, Tóquio saiu da disputa. É uma grande oportunidade para mudarmos nossa política esportiva, e o Brasil passar ter uma cultura de pratica de esportes, de melhorarmos nossa estrutura dos espaços esportivos existentes e construirmos novos e ser vistos pelo mundo pela organização que estamos tendo a oportunidade de mostrar através da realização dos jogos Olímpicos de 2016.

O Rio de Janeiro será a primeira cidade sul-americana a sediar uma Olimpíada. Em votação realizada em Copenhage, na Dinamarca, a capital carioca derrotou Chicago, Madri e Tóquio para ganhar o direito de receber os Jogos de 2016. Para comemorar o feito, o Terra preparou um especial sobre a o projeto da sede dos Jogos de 2016. É um apanhado de reportagens, fotos, vídeos e números que mostram a quantidade de investimentos que serão necessários nos próximos sete anos. Acompanhe:


Rio 2016:
O Rio de Janeiro é a cidade escolhida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) para organizar a primeira edição de uma Olimpíada na América do Sul. Diante desse importante desafio, os cariocas apostam no legado deixado pelo Pan-Americano de 2007, na beleza visual da capital fluminense e na capacidade de organizar grandes eventos, como o Carnaval, para justificar a vitória na decisão contra Chicago (Estados Unidos), Tóquio (Japão) e Madri (Espanha). O triunfo, aliás, foi suado. Diante das atrações rivais, como o apoio do presidente americano Barack Obama aos EUA, a infraestrutura apresentada por Tóquio e o apoio exacerbado dos habitantes de Madri, o Rio de Janeiro montou uma “linha de frente” com nomes como o do presidente Lula e de Pelé, o Atleta do Século, e se empenhou em propagar as suas belezas e os planos para organizar os Jogos. Outro argumento do Rio de Janeiro foi o de poder usufruir do legado deixado pelo Pan-Americano de 2007 e o que ficará da Copa do Mundo de 2014. O Brasil, aliás, será o quarto país na história a organizar um Mundial de futebol e uma Olimpíada consecutivamente: os outros foram México (Jogos de 1968 e Copa de 1970), Alemanha (Jogos de 1972 e Copa de 1974) e Estados Unidos (Copa de 1994 e Jogos de 1996).

Conheça detalhes do projeto
transporte
investimento
orçamento estimado
apoio popular
avaliação prévia

Transporte :
O COI já cobrou grande atenção em relação à eficiência do transporte durante os Jogos. Em seu projeto, a cidade promete ampliar a capacidade do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro para 25 milhões de passageiros/ano e oferecer atendimento diferenciado aos turistas. Também está prevista a integração das quatro zonas da capital fluminense às áreas mais importantes da cidade em uma rede, e a intenção dos cariocas é a de oferecer viagens rápidas a torcedores e atletas - metade deles deve alcançar suas respectivas instalações em até 10 minutos e 75% devem gastar menos de 25 minutos. De acordo com o projeto, nenhuma viagem terá mais de 50 minutos durante os Jogos.

Investimento :
Um programa permanente de investimento no Rio de Janeiro permitirá melhorias em áreas vitais como segurança e transporte. Em relação às instalações esportivas, o planejamento prevê o uso dos locais já existentes - 26% deles precisam ser construídos, segundo os organizadores dos Jogos. O poder público já garantiu verba para ser utilizada na Olimpíada, como na parte de segurança, em que o objetivo é complementar programas já em curso, como o Programa Nacional para Segurança Pública e Cidadania (Pronasci), um investimento de US$ 3,35 bilhões do governo federal para redução da criminalidade até 2012.

Orçamento estimado :
Classificado anteriormente como “razoável” pelo COI, o orçamento estimado dos cariocas prevê investimentos de US$ 2,82 bilhões para a realização dos Jogos - a cidade também possui garantias dos governos para a cobertura de qualquer possível diferença nos valores. Se somarmos custos de infraestrutura a esse número chegaremos a aproximadamente U$ 14,4 bi. Em seu Dossiê de Candidatura, o Rio de janeiro previu dois orçamentos: o referente ao Comitê Organizador dos Jogos (orçamento COJO) e o não referente ao Comitê Organizador dos Jogos (orçamento não-COJO). O primeiro se refere aos custos de operação, de montagem de instalações temporárias e de estruturas de apoio em todos os locais da Olimpíada. Já o segundo diz respeito ao investimento de capital público e privado para a construção de novas instalações esportivas e obras de infraestrutura - este orçamento é responsável pelos principais legados de longo prazo dos Jogos.

Apoio popular :
O apoio governamental e popular à candidatura do Rio de Janeiro é amplo. Como já apontou o COI, 84,5% dos moradores defendem a realização dos Jogos na capital fluminense - o Rio, aliás, chegou à fase decisiva da disputa pelo direito de receber os Jogos com a segunda melhor marca nesse aspecto, perdendo apenas para Madri, com 84,9%. Além disso, os governos federal, estadual e municipal atuam lado a lado com os membros do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) desde que a cidade se tornou candidata a receber o evento.

Avaliação prévia:
Prós-
Instalações do Pan 2007- Investimentos em infraestrutura- Apoio popular e governamental- O fato da América do Sul nunca ter recebido os Jogos Olímpicos.
Contras- Sistema de transporte- Rede hoteleira- Violência- Proximidade com a Copa do Mundo de 2014.