domingo, 21 de março de 2010

Fundamentos de Basquetebol





Fundamentos Básicos do Basquetebol




Fundamentos Básicos do Basquetebol 


O que são os Fundamentos Básicos do Basquetebol? Esta pergunta é colocada por muitos miudos, aquando do inicio da prática da modalidade. Ora, para os que estão a iniciar, ou que pretende melhorar os seus “Fundamentos Básicos”, foi criado este espaço de forma a tirar algumas dúvidas de como se deve (segundo os livros) “driblar”, lançar, passar, entre muitos outros aspectos que tornam os Fundamentos Básicos do Basquetebol nisso mesmo, básicos para o sucesso dos jogadores!


Iremos tentar colocar consoante os fundamentos, algumas imagens e/ou vídeos de forma a ilustrar os movimentos correctos!



Posição Básica Ofensiva (PBO) 


Segundo Murta (2002), trata-se de uma condição indispensável para que o jogador atacante sem bola, possa realizar, com eficácia, os principais movimentos no decorrer do jogo, nomeadamente:




  • Deslocar-se no terreno rapidamente em qualquer direcção;



  • Entrar em posse de bola (recepção de um companheiro);



  • Saltar.



As características de Base da Posição Básica Ofensiva (PBO) são as seguintes (adaptado de Adelino, 1994):




  • Pés afastados à largura dos ombros; parte anterior dos pés virados para a frente; o peso do corpo “cai” sobre a parte anterior dos pés - Para manter o equilíbrio e para uma reacção rápida;



  • Pernas ligeiramente flectidas ao nível dos joelhos, sempre com a vertical dos joelhos caindo em cima dos pés - Para uma reacção rápida;



  • Anca avançada; tronco naturalmente direito – Para manter o equilíbrio;



  • Braços flectidos pelos cotovelos, naturalmente colocados junto ao corpo, mãos ligeiramente acima da cintura; dedos afastados – Para manter a naturalidade.



  • Cabeça levantada, em posição natural – Para preparar a recepção da bola.



  Posição Básica


Drible


O Que é o Drible?


O drible é o gesto técnico que permite ao jogador de basquetebol, deslocar-se com a bola pelo terreno de jogo.


“O Drible é como os doces: agradável em pequenas doses, mas muito mau quando usado em excesso.” (Jack Donohoe. s/d).


Mecânica do Drible


Há uma acção conjugada do antebraço e da mão através dum sistema de alavancas, que contribuem para o movimento. Na recepção da bola vinda do solo, primeiro actua a mão e só depois intervêm o antebraço. No impulso da bola para o solo, primeiro actua o antebraço e só então intervêm a mão. São sempre os dedos as partes principais de contacto com a bola.


Drible e Regras




  • Não se pode interromper o drible e iniciá-lo de novo;



  • Transporte de bola (mão no hemisfério sul da bola);



  • Não se pode driblar com as duas mão em simultâneo;



  • Ao iniciar-se o drible não se pode elevar o pé eixo enquanto a bola não sair da mão.



Drible


Tipos de Drible


Drible de Progressão


Está prioritariamente ligado ao deslocamento do jogador no campo de jogo, na maioria das vezes do cesto adversário


Principais Características




  • A posição do corpo é mais elevada;



  • A altura do drible é maior (mais ou menos ao nível da cintura);



  • O drible é feito ao lado e à frente e a mão contacta a bola por trás.



Drible de Progressão 


Drible de Protecção


Pretende adaptar a técnica de execução do drible de forma a dificultar a intervenção do defesa. Surge portanto, quando há uma grande proximidade do adversário directo.


Principais Características




  • Interposição da perna e braço contrário à mão que dribla entre a bola e o defensor;



  • Flectir as pernas para diminuir a altura do drible (mais estável);



  • A bola toca o chão entre os pés do atacante;



  • O pulso faz um movimento enérgico;



  • A mão contacto com a bola por cima.



Drible de Protecção


Drible de Protecção I


 


Passes


Definição


É o elemento técnico que traduz de forma mais objectiva a comunicação entre dois jogadores da mesma equipa. O seu êxito depende dos seguintes factores:




  • Preparação de quem recebe a bola;



  • Qualidade de quem passa (posição, técnica escolhida e sua execução correcta);



  • “Tempo” de execução do passe;



  • Nível de oposição defensiva existente.



Linhas de Passe


É a linha imaginária que une a bola ao jogador que a pode receber. A trajectória percorrida pela bola no passe pode ter três formas:




  • O passe de tenso (paralelo ao solo e distingue-se pela sua rapidez);



  • O passe picado (a bola ressalta no solo antes de chagar ás mãos de quem a recebe);



  • O passe em arco (solução mais adequada para casos especiais).



Para que alvo preferencial, deve o jogador passar a bola?


a) Para o peito de quem recebe (jogador parado sem oposição);


b) Para o lado contrário áquele onde se encontra o defesa;


c) Para a mão alvo do jogador (assinala desta forma o local onde quer receber a bola);


d) Ligeiramente para a frente do jogador que se desloca em velocidade.


Tipos de Passe




  1. Passe de peito com duas mãos;



  2. Passe por cima da cabeça com duas mãos;



  3. Passe com uma mão por cima do ombro.



Passe de Peito


Principais características:




  • Cotovelos junto ao corpo;



  • Rotação dos pulsos na execução do passe;



  • Posição final das mãos com as palmas para fora e polegares a apontar para baixo e para dentro.



  • O Passo adicional, não é uma componente do passe de peito, mas sim um movimento auxiliar relacionado com a força de execução e com o equilíbrio.



Passe de peito


Passe de Peito (1)


Passe por cima da Cabeça


Principais Características:




  • Acção importante dos dedos e dos pulsos;



  • Muito usado contra defesas à zona.



Passe de Ombro


Principais Características:




  • Utilizado preferencialmente para passes compridos;



  • Participação final e decisiva do pulso e dos dedos.



Passe de Ombro


Passe de Ombro (1)


Lançamento


Definição


É o elemento técnico mais importante do basquetebol, pois é em função dele que atingimos o objectivo de jogo, i.e., o “cesto”. O lançamento ao cesto é assim a finalidade última de todas as acções individuais e colectivas.


Mecânica do Lançamento


1.º Equilíbrio Corporal


É necessária uma posição estável e equilibrada para a perfeita execução do gesto. Deve-se procurar a PBO, e ao nível dos apoios, os pés encontram-se afastados à largura dos ombros, estando o pé do lado da mão lançadora um pouco mais avançado.


Posição de Lançamento   Equilibrio Corporal


2.º A Pega da Bola


A bola é segura com as duas mãos, encontrando-se a mão lançadora por baixo da bola e a outra ligeiramente à frente e ao lado. O cotovelo deve estar levantado (debaixo da bola) e dirigido ao cesto.


A mão que lança:




  • dedos afastados, extensão completa do pulso, a palma da mão não toca a bola;



 A Mão de apoio:




  • Posição lateral face à bola, dedos afastados e a apontar para cima, polegares em forma de T sem se tocarem.



Pega da bola   Mecânica do lançamento


3.º O Pulso


Deve estar direito e atrás, e a sua acção é para a frente e para cima sendo muito importante por estar relacionado com o lançamento a um e a dois tempos.


4.º Rotação Atrás da Bola (Back Spin)


O movimento de rotação da bola para trás durante a sua trajectória no ar, deve ser alcançado de forma natural, sem exageros, como consequência directa de serem os dedos os últimos segmentos a empurrar a bola para o cesto.


Back Spin


5.º Ponto de referência


O lançamento deve ser efectuado tendo um ponto de referência, em relação ao qual se faz “pontaria”. O ponto de referência pode ser a globalidade do cesto (aro e rede) no caso do lançamento directo (sem tabela), ou no ponto de ressalto da bola na tabela, mas procurando sempre manter o olhar fixo no alvo.


Fixar Alvo  


6.º O Momento em que a Bola sai da Mão


A bola deve estar acima da cabeça mas desviada lateralmente para o lado da mão que lança (por cima do olho do lado da mão que lança). Cabeça numa posição natural, sem nenhum desvio lateral. A extensão do braço no final do movimento não deve ser exagerada, lançando a bola para o cesto de uma forma contínua, natural e rápida, terminando com a flexão natural do pulso (como a tapar o cesto).


Fixar Alvo (1)


7.º Continuidade do Movimento (O pulso segue o movimento)


O movimento deve ser contínuo, um desenrolar para cima sem quebras, aproveitando todas as forças e fazendo a extensão completa do braço, sem criar pressão que influencie o movimento. A mão fica relaxada e, a pontaria depende dela, do braço e da perna lançadora.


Mão na Bola


Lançamento na Passada


Definição


Este tipo de lançamento é o único que tem dois apoios alternados antes do lançamento, e é realizado quando nos encontramos animados de alguma velocidade, após passe ou drible.


Principais Características:




  • O 1.º passo é normalmente mais longo;



Lançamento na passada




  • O 2.º passo (antecede o salto), é mais curto;



Lançamento na Passada (1)




  • Grande importância do último apoio (passagem de um deslocamento horizontal para vertical);



  • A partir do momento que se inicia o último apoio, fixar o olhar num ponto fixo (tabela ou aro);



  •  O movimento do braço (no lançamento propriamente dito), deve-se soltar a bola suavemente, apenas apoiada na mão que lança;



  • A bola é colocada do lado contrário ao defesa;



  • Utilizar a perna livre (balanço) para aumentar a impulsão, flectida pelo joelho na direcção do cesto;



  • Estiramento máximo do corpo na direcção do cesto (salto vertical);



Lançamento na Passada (2)




  • No lado direito da tabela lançar com a mão direita, do lado esquerdo, com a mão esquerda;



  • O último impulso é realizado com a perna contrária à mão lançadora:



A) – Lado direito (direita-esquerda);


B) – Lado esquerdo (esquerda-direita).


Lançamento na Passada (3)


Existem duas hipóteses de colocação da bola na mão para concretizar o lançamento:




  1. Com movimento final do pulso semelhante ao do lançamento normal;



  2. Lançamento “de bandeja” propriamente dito (o movimento faz-se de baixo para cima).

quinta-feira, 18 de março de 2010

quarta-feira, 17 de março de 2010

TREINAMENTO FUNCIONAL- UMA REVOLUÇÃO NA PREPARAÇÃO DESPORTIVA

Cada vez mais pessoas que praticam esporte, independentemente do nível em que praticam, buscam métodos de se condicionar para suportar as demandas tanto físicas quanto energéticas de suas modalidades, para isto muitas vezes estas pessoas realizam paralelamente ao esporte escolhido um treinamento que busca aumentar valências físicas como força, potência, velocidade e flexibilidade. Porém, na maioria das vezes este treinamento envolve padrões de movimentos e sistemas energéticos que em nada se assemelham aos utilizados no esporte praticado, pode-se citar como exemplo um jogador de tênis que realiza um exercício de rosca bíceps no aparlho com objetivo de melhorar a potencia de seus golpes em uma partida. É certo que o músculo bíceps braquial é muito ativado durante qualquer golpe do tênis e que fortalecê-lo no exercício rosca bíceps no aparelho com certeza trará algum resultado, porém, no aparelho por ser uniarticular estimula o referido músculo em um único sentido e sem a ativação de antagonistas, cinergistas e estabilizadores que são tão importantes ao movimento quanto o músculo principal, muito diferente que ocorre durante um golpe qualquer no tênis em que o braço precisa se mover em diferentes eixos de movimentos e utilizando para isto uma gama de diferentes músculos exercendo diferentes funções em momentos distintos do movimento, ora o músculo bíceps braquial pode ser agonista (principal) em um dado momento em outro momento do movimento este mesmo músculo pode passar a ser antagonista ou até estabilizador. Vendo desta forma pode até parecer perigoso fortalecer demasiadamente o bíceps braquial se os outros músculos que devem atuar em harmonia com ele durante um movimento desportivo qualquer também não o forem, pois se o bíceps se tornar mais eficiente os outros músculos também devem ser para poder estabilizar e parar o movimento na hora correta, se isto não ocorrer haverá um grande desequilíbrio nas forças geradas durante o movimento e parece óbvio que o risco de uma lesão aumenta muito. É neste contexto que emerge o treinamento funcional ou treinamento funcional resistido que em suma consiste em reproduzir de forma mais eficiente possível os gestos motores e/ou os sistemas energéticos específicos não só do esporte praticado como também da vida diária, causando adaptações que serão muito próximas das que o organismo precisará durante a prática do esporte, isto confere a este tipo de treinamento um caráter aparentemente não ortodoxo que trabalha o corpo de forma integrada desenvolvendo além das valências físicas envolvidas na atividade também componentes neurológicos como equilíbrio e própriocepção que são importantíssimos na vida humana de forma geral não só no meio esportivo. Este treinamento tem sua base científica no princípio do treinamento esportivo conhecido como princípio da especificidade, este princípio diz que as adaptações, tanto energéticas quanto motoras, são específicas ao esporte praticado, por exemplo, ser um bom ciclista não quer dizer que será um bom corredor, pois as adaptações motoras e fisiológicas necessárias para um bom desempenho em uma prova de ciclismo são diferentes das necessárias a uma prova de corrida então não se pode treinar uma pessoa para realizar uma prova de ciclismo pondo o mesmo pra treinar um uma pista de corrida. Não podemos nos esquecer do grande suporte que este tipo de treinamento oferece como uma forma bastante eficaz de se proteger as articulações e músculos envolvidos com o esporte, pois sabemos que o treinamento funcional é usado para prevenir futuras lesões esportivas, tanto que hoje os grandes times de futebol, trabalham com esta forma de treinamento com este objetivo, conseguindo com isso resultados muito efetivos. Um bom profissional, antes de montar um treinamento, deve buscar conhecer as demandas energéticas e os gestos motores envolvidos no esporte em questão e incluir no programa de treinamento, além dos exercícios convencionais nos aparelhos uma boa parte de exercícios funcionais que vão proporcionar ao praticante adaptações tanto fisiológicas como neurológicas que vão proporcionar ao indivíduo que realiza este tipo de treinamento muito mais eficiência e segurança durante a prática do esporte, sem mencionar que os exercícios funcionais por se aproximarem muito da prática tornam o treinamento muito mais dinâmico, prazeroso e menos monótono para o realiza.
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